REAL BY CASA DA CALÇADA: UMA COZINHA DE MEMÓRIA, ECLÉTICA E TRADICIONAL

Maio 8, 2023
O Real abre portas na cidade do Porto com uma proposta surpreendente: uma cozinha eclética, tradicional e de prestígio. A Casa da Calçada, um projeto de turismo de referência nacional, em Amarante, abre portas a um novo espaço gastronómico na cidade do Porto, com uma proposta que honra os pratos tipicamente portugueses, assinados pela qualidade e irreverência que caracteriza o projeto de hotelaria: o Real, no Porto. Num momento em que a Casa da Calçada Relais e Chateaux fecha portas, temporariamente, para total renovação, nasce uma cozinha eclética para surpreender e seduzir. É na Praça D. João IV, junto ao Rivoli, que a Casa da Calçada convida os apreciadores de comida tradicionalmente portuguesa – e portuense – a mergulharem numa viagem gastronómica pela recuperação de técnicas ancestrais do receituário nacional, promovendo combinações inesperadas de sabores e texturas. A tradição familiar que caracteriza o negócio solidifica a personalidade do Real, que se apresenta como uma casa onde o conforto se funde com os sabores mais soberanos. Sentámo-nos à mesa com o diretor geral da Casa da Calçada, Manuel Leite, para embarcarmos numa viagem gastronómica, cultural e turística que salta de Amarante até à cidade do Porto com uma proposta surpreendente: uma cozinha eclética, tradicional e de prestígio. “O Real é um restaurante de comida portuguesa e gostamos de dizer que é uma cozinha de memória, porque temos vários pratos na carta que já não são habituais nas cartas de vários restaurantes de comida nacional. É esse o caminho que queremos seguir, desde o início. Queremos um serviço descontraído, com menos formalidade e com mais rapidez. A nível gastronómico: bom produto, confecionado com muita qualidade e propostas simples”, partilha Manuel. Iniciamos a refeição com um couvert composto por pão de trigo de fermentação natural e broa de Avintes, acompanhado por azeite virgem extra Quinta do Noval, Manteiga das Marinhas e azeitonas. Passando para as entradas, chega-nos à mesa um prato de polvo com molho verde, fresco e intenso, a par de uns croquetes de rabo de boi, uma tradicional “roupa velha” com bacalhau e um presunto de porco preto bolota, duas sugestões imperdíveis na carta de petiscos. Como pairing, o sommelier da Casa da Calçada sugere um Espumante Portal da Calçada Cuvée Prestige Bruto. O ex-líbris da refeição foi o prato principal: uma feijoada de línguas de bacalhau e feijoca branca, um prato sublime que aviva a memória. A par desta sugestão para partilha, há arroz de marisco, arroz de robalo selvagem e galo de cabidela, mas também pratos de peixe (filetes de polvo com arroz do mesmo, Bacalhau à Brás, polvo à lagareiro ou sopa de garoupa) e de carne (arroz de rabo de boi no forno, vitela assada no forno, rojões de porco bísaro e até língua de vaca estufada). Como pairing, foi servido um Quinta da Calçada Vinhas Velhas 2017 Branco. E nesta viagem pelo receituário português, a carta de sobremesas não poderia deixar de incluir leite-creme, pudim Abade Priscos, aletria, torta de laranja e Toucinho do Céu, entre outras. Terminamos com Quinta da Calçada Reserva Branco 2020. O Real divide-se em quatro conceitos distintos. Começando pela Cafetaria, a oferta foi totalmente renovada, com opções disponíveis durante todo o dia, para todos os gostos e momentos. Há menus de brunch ou propostas simples para o almoço (como uma sopa, uma sandwich ou uma quiche – tudo produzido dentro de portas), entre outras sugestões. Já a zona do restaurante está aberta ao almoço e ao jantar e é um espaço intimista e acolhedor, ao passo que o bar, está pensado mais para a noite, sugerindo uma experiência para ser saboreada com tempo. Há ainda uma sala exclusiva a eventos diversos, desde almoços de empresas, apresentações (totalmente preparada para o efeito) ou momentos celebrativos, como aniversários ou batizados. Sobre o Real, Manuel acrescenta: “Não é nossa intenção que seja um produto semelhante ao Largo do Paço, que é um restaurante de fine dining e que tem como objetivo concorrer à estrela Michelin todos os anos. Há várias semelhanças, até porque parte da equipa está aqui (no Real), enquanto a Casa da Calçada se mantém fechada para renovação. Felizmente, estão totalmente integrados neste projeto”. O Real nasce de um processo que visava repensar a oferta, identificando novas oportunidades, nomeadamente uma potencial lacuna na oferta de gastronomia tradicional portuguesa. “Aqui no centro do Porto, quem quiser comer comida tradicional portuguesa, tem os locais clássicos, muito comuns em Matosinhos, mas um projeto completamente dedicado à nossa gastronomia não encontramos com tanta facilidade”, partilha Manuel. O palácio que outrora abrigou os comandos aliados de Portugal e de Inglaterra, durante as invasões francesas, foi completamente recuperado em 2001, para se transformar num hotel, tornando-se numa referência incontornável da hospitalidade portuguesa. É lá que encontramos o restaurante Largo do Paço, distinguido com uma estrela Michelin e considerado um dos mais conceituados do país – despertando olhares a nível internacional. Numa fase de total requalificação do espaço, Manuel adianta: “Já levamos 22 anos e, a nível estrutural, a Casa estava mesmo a precisar de uma renovação, para garantir a eficiência dos equipamentos técnicos, mas também para elevar a Calçada a um patamar que já teve quando reabriu. Queremos que continue a ser uma referência no panorama nacional. A nível gastronómico, queremos alcançar outros patamares. Ambicionamos a segunda estrela Michelin e temos um projeto pensado para o Largo do Paço muito interessante”. É também na propriedade da Casa da Calçada que se encontra a grande parte das vinhas da marca (sendo que o projeto de renovação também visa melhorar a acessibilidade aos percursos vínicos, onde se encontra uma parcela de vinhas velhas – que não só contam a história da própria Casa como da região dos vinhos verdes). Outra parte das vinhas encontra-se na Adega do Salvador, também em Amarante, onde acontece toda o processo de vinicultura. De entre as castas mais predominantes, destacam-se: Alvarinho, loureiro e Vinhão. “Olhando para estes dois/três meses de portas abertas, o feedback é muito positivo. Temos um projeto muito mais consistente e acreditamos que temos aqui uma excelente oportunidade para explorar. A confiança é alta, tendo em consideração que as perspetivas para o turismo também são boas. Esperamos que seja um bom ano e que possamos relançar este produto no mercado, com a intenção de crescermos a marca da Casa da Calçada. Este foi o primeiro projeto que abraçamos, mas temos intenção de expandir, não só ao nível da restauração, mas também na hotelaria. Queremos que seja um sucesso”, termina Manuel. Notícia Publicada em: Revista Rua Por: Maria Inês Neto

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